Princípios básicos da experimentação
Se você está planejamento um experimento, você deverá obrigatoriamente seguir alguns princípios básicos:
1 – Princípio da Repetição
O princípio da repetição tem que ser respeitado sempre que realizamos um experimento e consiste em repetir o mesmo tratamento em diferentes unidades experimentais (ratos, pacientes, voluntários, dentes etc) com o propósito de se estimar o erro experimental.
Na área de saúde, os pesquisadores frequentemente utilizam o termo amostra se referindo às repetições das unidades experimentais do experimento, também denominadas de parcelas. Porém, conceitualmente uma amostra é um conjunto de elementos que representa uma população. Sendo assim, a amostra sempre tem que ser representativa da população.
A utilização de número adequado de repetições nos experimentos é fundamental para diminuição do erro experimental e aumento do poder dos testes de hipóteses.
Vamos pegar, por exemplo, um experimento que busca estudar a resposta de ratos pra diferentes dietas. Se o experimento fosse realizado com apenas um rato recebendo cada dieta, isso acarretaria em um erro experimental muito grande: devido a efeitos não controlados, um rato específico poderia ter uma resposta diferente da média pra determinada dieta. Há a necessidade de se repetir essas dietas em diversos ratos (unidades experimentais).
2 – Princípio da Casualização
Mesmo repetindo o tratamento em diferentes unidades experimentais, pode ocorrer de um tratamento ser favorecido sistematicamente por algum fator, por exemplo, o peso dos ratos. Exemplificando, o pesquisador pode, involuntariamente, ter selecionado os ratos de menor peso para receber a dieta que está sendo testada. Para que isso não ocorra, os tratamentos devem ser designados às unidades experimentais de forma aleatória, ou seja, por meio de sorteio das unidades que irão receber um ou outro tratamento.
3 – Princípio do Controle local
Diferentemente dos outros dois princípios, o controle local não é obrigatório, mas desejável em casos em que há grande variabilidade entre as unidades experimentais. Vamos supor que, no experimento de comparação das dietas, o pesquisador tenha disponível 20 ratos, sendo 10 com peso menor e 10 com peso maior. Nesse caso devemos considerar dois blocos e sortear os dois tratamentos dentro de cada bloco. Então, entre os ratos com peso menor, 5 receberão a dieta experimental e 5 receberão a dieta controle. O mesmo será feito no bloco de ratos com peso maior. O objetivo da aplicação desse princípio é dividir as unidades experimentais em blocos homogêneos, reduzindo o erro experimental.
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